sexta-feira, 2 de maio de 2008

There is nothing outside our experience

There is nothing outside our experience. Even that which we call the transcendent is understood as "that which exists in its own right beyond our categories of thought and explanation, but not necessarily that which is entirely outside our experience in all its modes."(7) One implication of this emphasis upon experience is that the deductive, the hypothetical, and the projective kinds of thinking no longer are controlling, but are replaced by the inductive, the coordinative, the analogical, and the dialogical.

(William FORE, A Theology of communication,


"There is nothing outside our experience". Como pode a teologia perder isso de vista!

O modo de pensamento dedutivo, hipotético e projetivo mudam, na pós-modernidade, para um modo indutivo, coordenativo, analógico e dialógico de pensamento. Destaco a mudança: essa mesma é a experiência referida na primeira sentença: o deslocamento, o afetamento, a surpresa.

A própria experiência de mudança, de descolamento do sujeito, é uma experiência comunicativa e estética, não irracional e nem racional, mas transracional – porque acontece e sedimenta uma situação comunicativa, isto é, de encontro e relacionamento entre alteridades. Isso coloca a base de uma epistemologia interpretativa e sensível (direta e primeira, não abstraída e segunda, cf. Peirce), marcada antes de tudo por uma lógica (se ainda é apropriado essa noção) de pensamento definida pelo desvio, pela surpresa – o pensamento abdutivo.

Aqui recorro às mulheres que pensaram o pensamento nesses jogos relacionais, relativos, relutantes... Hannah Arendt (Entre o passado e o futuro, Perspectiva, 1972), com sua reivindicação por uma filosofia política, acho que desejava mesmo é instigar a filosofia a "sofrer" a realidade que se atrave a contemplar. Com isso, cabe referência às reflexões de Susan Sontag (Diante da dor dos outro, Cia. Das Letras, 2003), quanto ao efeito das imagens de guerra e em que medida oportunizam um conhecimento e uma ética.

A questão, porém, se coloca aqui na experiência propiciada por essas imagens, e teríamos que precisar que experiência é essa, considerando para isso as variantes de atitude comunicativa do olhar que as vê...